Pela colônia em Pelotas

E no primeiro domingo de setembro, mais precisamente no dia 3, fizemos uma saída pela zona rural de Pelotas, mais precisamente na região da Colônia Maciel e seu entorno. Nessa indiada, fui acompanhado pela Maiara Vissoto e pelo Caio Belleza.
Foi a primeira vez que fiz esse "roteiro", fomos totalmente sem rumo e andando pelas estradas da região e sempre que víamos alguma borda de mata, parávamos o carro e usávamos o playback pra atrair algumas espécies que ainda não havíamos registrado.
Logo que chegamos nas estradas da zona rural, fomos recebidos por duas seriemas (Cariama cristata). Até tentei um registro, mas elas não colaboraram muito. Seguimos pelas estradas registrando tudo que aparecia, até que resolvemos parar o carro numa ponte e tocar o famoso "grito", playback utilizado para alertar a bicharada e as vezes (quase sempre) atrair o que tem por perto.
Nesse local, o show ficou por conta da borralhara-assobiadora (Mackenziaena leachii), ave que é facilmente encontrada nesse ambiente de mata próximas à cursos d'água. 
Abaixo algumas fotos do local.

Araucária (Araucaria angustifolia)

Arroio com mata ciliar, local propício para encontrar várias espécies de aves. Foto: Raphael Kurz

coleirinho (Sporophila caerulescens). Foto: Raphael Kurz

canário-da-terra (Sicalis flaveola). Foto: Raphael Kurz

azulinho (Cyanoloxia glaucocaerulea). Foto: Raphael Kurz

borralhara-assobiadora (Mackenziaena leachii). Foto: Raphael Kurz.

mariquita (Setophaga pitiayumi). Foto: Raphael Kurz

Seguimos caminho e o assunto comentado no carro era a possibilidade de registrar o tucanuçu (Ramphastos toco), ave que era lifer para a Maiara e para o Caio. E não é que o bicho apareceu mesmo? O Caio sempre ligado nas árvores avistou dois indivíduos de longe e paramos a camionete, descemos e conseguimos pouquíssimos registros, visto que eles alçaram voo e não voltaram com o playback. Ali o dia já poderia ter acabado, pois era um dos objetivos principais desse tour pelo interiorzão de Pelotas.
Alguns quilômetros à frente, passamos por uma área de brejo e eu escutei nitidamente a vocalização do joão-botina-do-brejo (Phacellodomus ferrugineigula) e como eu sabia que era lifer para o Caio, disse pra pararmos e tentarmos atraí-lo com o playback. Na última tentativa do Caio com a ave, não obtivemos êxito. Foi numa passarinhada no Santo Amor, como pode ser vista nesse link.
Dessa vez o bichinho deu mole e conseguimos alguns bons registros, inclusive eu melhorei, e muito minha foto da espécie.
Um pouco mais a frente, tivemos a oportunidade de registrar a maria-preta-de-penacho (Knipolegus lophotes), minha foto dela era muito ruim. Dessa vez pedimos permissão para entrarmos num pátio e fazermos o registro à favor do sol. A moradora da casa disse que ali frequentemente ela avista essa ave. Na ocasião era um casal (creio eu).

tucanuçu (Ramphastos toco). Foto: Raphael Kurz.

joão-botina-do-brejo (Phacellodomus ferrugineigula). Foto: Raphael Kurz.

maria-preta-de-penacho (Knipolegus lophotes). Foto: Raphael Kurz.
Na "reta final" da expedição, chegamos ao famoso Restaurante da família Grupelli e ali consegui o meu melhor registro da tiriba-de-testa-vermelha (Pyrrhura frontalis). Descemos do carro e exploramos um pouco o local, mas como era domingo e o local é frequentado por muitas pessoas, não encontramos nada por lá. Seguimos em direção ao Santuário de Guadalupe, localizado na Cascata, também em Pelotas e lá caminhamos um pouco atrás de alguma novidade e o show ficou por conta do corocoxó (Carpornis cucullata). Ave muito comum por lá, rolou até um vídeo da espécie vocalizando que em breve postarei no YouTube.

tiriba-de-testa-vermelha (Pyrrhura frontalis). Foto: Raphael Kurz

urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus). Foto: Raphael Kurz. 

tiê-preto (Tachyphonus coronatus). Foto: Raphael Kurz.

quete-do-sul (Microspingus cabanisi). Foto: Raphael Kurz.

corocoxó (Carpornis cucullata). Foto: Raphael Kurz
Nossa expedição acabou somente as 19h, quando o Caio registrou a coruja-orelhuda (Asio clamator) que já está famosa na cidade de Pelotas. Depois disso ele pegou estrada de volta à Bagé. Levou pra casa alguns lifers e mais boas histórias pra contar.
No mais era isso, logo mais postarei sobre as outras saídas desse mês de setembro que realmente foi muito importante no birdwatching pra região sul. Várias descobertas e encontros inesperados.
Até a próxima pessoal...

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